tag:blogger.com,1999:blog-21854188904281502152023-11-15T22:10:24.855-08:00Nos passos da velha....Diário em narrativa: fica a critério do leitor considerar tais palavras reais ou fictícias....
Mas espero conseguir a arte de despertar, ao menos uma dúvida, nos mais céticos!Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.comBlogger14125tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-12289198695646486322008-11-08T18:24:00.000-08:002008-11-08T18:40:10.721-08:00Moral da História.... (Mediunidade de transporte - Parte 4)<div style="text-align: justify;"><span style="font-family:verdana;">Saí da gira aliviada e com a sensação clara de que eu tinha realizado bem uma tarefa.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Além de ter revisto todos os meus conceitos acerca da espiritualidade. Eu que sempre julguei meio "conto da carochinha" o que os escritores espiritualistas redigem, passo a acreditar depois de ver e experiênciar o que acabei de narrar.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">O que deveria ser um susto me serviu de lição, e no final eu agradeço a Deus por ter me concedido essa tarefa tão bonita! </span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Existem espíritos que se alienam em meio tanta dor e rancor, como este, morto desde 47 e só agora é levado a tratame</span><span style="font-family:verdana;">nto. Penso em quantas pessoas não passarão mais por todo tormento que passei com esse espírito por perto. Encaminhar este espírito é livrar as pessoas da terra de mais um obcessor. E no final me senti honrada de poder ter cumprido bem a minha parte nessa tarefa tão nobre.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Com certeza, eu que temia os EXUS com</span><span style="font-family:verdana;">o seres terríveis, hoje agradeço a eles por terem me ajudado nessa tarefa. E noto que muita coisa não poderia ser feita sem a presença desses guardiões. A diferença entre ler uma coisa assim em um livro e experienciar é gritante.</span><br /><br /><span style="color: rgb(153, 51, 153);font-family:verdana;" >Cabe a mim, agora, me reservar um certo resguardo após essa experiência. Cuidar e me proteger por um tempo, pois sei que essa foi só uma etapa e o caso não está resolvido por completo. Mas torço para que o pessoal do outro lado consiga êxito nessa empreitada.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Essa segunda, levarei os dados para a mesa, e rezarei junto aos outros médiuns para que esse espírito consiga se recuper</span><span style="font-family:verdana;">ar para continuar a trilhar sua jornada, sabe-se lá onde....</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.aerogramar.com.br/catalogo/images/produtos/B%C3%ADblia%20abeta%20com%20uma%20vela.gif"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 477px; height: 341px;" src="http://www.aerogramar.com.br/catalogo/images/produtos/B%C3%ADblia%20abeta%20com%20uma%20vela.gif" alt="" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center; font-weight: bold;"><span style="font-size:180%;"><span style="color: rgb(0, 153, 0);font-family:verdana;" >**************FIM*****************</span><br /></span></div></div>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-37271844149834847192008-11-08T17:43:00.000-08:002008-11-08T19:12:45.341-08:00Mediunidade de Transporte - Parte 3 - A gira de EXU<div face="verdana" style="text-align: justify;">Na sexta feira eu estava tão exausta que andar de um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">cômodo</span> a outro da casa era um suplício! Mas eu precisava estar bem para a Gira de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Exu</span>, até porque sabia que eles me ajudariam a resolver o caso.<br /><br />Comi alguma coisa forçada, pois não tinha fome. Nem passei a roupa do centro tamanho o desânimo. Tomei meu banho de ervas e saí, tomando um <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_2">táxi</span> até lá, pois não aguentaria andar....<br /><br />Contei o acontecido a minha madrinha que falou para que eu levasse os dados do cara na segunda para a mesa.<br /><br />Me troquei para começar a gira que, eu sabia, não seria fácil.<br /><br />A gira começou e de cara veio o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">caboclo</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">quimbandeiro</span> me limpar e em seguida a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">cabocla</span>, que descobri ser de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">Iansã</span>. Ela me rodou tanto que os demais <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">médiuns</span> ficaram preocupados. O resto da primeira parte da gira seguiu normal.<br /><br /><span style="color: rgb(153, 51, 153);">Na segunda parte, gira de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">Exu</span>, é que a coisa ficou complicada. Minha Pomba Gira veio, e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">tava</span> tentando firmar, tentando firmar até que chamou outra Pomba Gira da casa e pediu ajuda em um "trabalho".</span> <span style="color: rgb(0, 153, 0);">A Pomba gira aceitou e foram até a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">tronqueira</span>, conversando: "esse mano precisa de algo mais firme pra seguir" - disse a minha Pomba Gira. "Ele tem muita raiva, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">né</span>?" - falou a outra. "Raiva de tudo, até de quem quer ajudar" -Respondeu a minha Pomba Gira -" ele tá aqui encostado e não quer ir não".</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Coisa de 5 minutos depois desta conversa, eu sinto ele.... ele veio, incorporou e pude notar todo desespero dele em estar ali, e toda a raiva como se tivessem tirando dele a única coisa que lhe restava - a vingança e a liberdade de poder se vingar. Era desesperador o tamanho da dor que aquele sujeito sentia. quando a Pomba Gira (da casa) começou a falar pra ele seguir e a me limpar com pinga, ele começou a berrar. Depois disso eu lembro das coisas de forma remota, lembro que eu caí e não tinha forças pra levantar e que depois de jogarem pinga formando um círculo a minha volta conseguiram tirar aquilo de mim. Meu padrinho me ajudou a levantar, ainda muito tonta do que tinha acontecido, e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">ch</span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);">amou</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);"> o meu <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">EXU</span> de cemitério. Este <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">exu</span> a primeira vez que veio eu achei que fosse <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">obcessor</span>, tive medo. </span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://pic76.flodeo.com/photos/76/AH/AG/umbanda-kimbanda/318854-3528565.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 307px;" src="http://pic76.flodeo.com/photos/76/AH/AG/umbanda-kimbanda/318854-3528565.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Mas desta vez, foi ele quem me limpou e que me recompôs as energias para prosseguir os trabalhos.</span><br /><span style="color: rgb(153, 51, 153);">Em seguida a Pomba Gira que </span><span style="color: rgb(153, 51, 153);">a</span><span style="color: rgb(153, 51, 153);"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">judou</span> veio verificar como eu estava, eu estava melhor, mas ainda <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">atônita</span> e assustada e respondi: "minha Pomba Gira disse que me limparia, agora eu quero ver!"</span><br /><br /><span style="color: rgb(153, 51, 153);">Coloquei de volta seus <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">gram</span></span><span style="color: rgb(153, 51, 153);">p</span><span style="color: rgb(153, 51, 153);">o</span><span style="color: rgb(153, 51, 153);">s e ela veio e pegou a rosa vermelha que eu trouxe pra ela. Dançou riu e foi passando a Rosa em mim da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">ca</span></span><span style="color: rgb(153, 51, 153);"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">beça</span> aos pés. Dançou muito, riu muito, andou muito.... quando vi a rosa estava preta e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">carcomida</span>. Ela tirou as pétalas ruins e jogou fora, pediu para outra Pomba Gira molhar a rosa com <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">champagne</span> e tornou a me dar passes, e passava a rosa na minha nuca, nas </span><span style="color: rgb(153, 51, 153);">costas, na cabeça no peito e dançava e Ria.... e novamente a rosa estava Preta e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">carcomida</span>. Ela jogou fora a rosa.</span><br /><br />Em seguida, as pessoas da casa distribuem pipoca para que seja feito um descarrego. Ela pegou o seu punhado e passou pelo meu corpo e depois jogou fora, na <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">direção</span> da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">túia</span> que queimava.<br /><br />Ainda dançou um pouco mais e depois pediu a Pomba Gira que lavasse as mãos dela para que ela me desse o passe que equilibraria minhas energias. Me deu o passe e se foi, me deixando BEM.<br /><br />Para encerrar os trabalhos,<span style="color: rgb(153, 51, 153);"> veio o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">EXU</span> de cemitério que me levou até a firmeza de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">Omulú</span> para descarregar o que ainda faltava. Meu padrinho acompanhou ele dando orientações, para limpar tudo e me deixar bem. Quando ele se foi eu estava <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">ótima</span>. Muito melhor do que quando cheguei, parecia que eu tinha perdido 15 quilos de tão leve. </span><br /><br />O encerramento da gira foi bem mais leve que pensei que seria e ao vir meu Preto Velho, ele veio rindo, dizendo que eu tinha me saído muito bem! Que era pra que eu me habituasse, porque era para isso que eu estava ali....<br /></div>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-77177459011355515242008-11-08T17:07:00.000-08:002008-11-08T19:11:42.939-08:00PERSEGUIÇÃO - (Mediunidade de Transporte parte 2)<div style="text-align: justify;"><span style="font-family:verdana;">No dia seguinte começou o que seria a novela de uma terrível semana. Ao acordar a primeira coisa que vi foi a foto que me mostraram na mesa. Vi essa foto a tarde na hora do banho e as 5 da tarde tive fraqueza, como na mesa no dia anterior.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Liguei para quem me orienta no terreiro, e me foi aconselhado banho de sal grosso, o que fiz prontamente. Trabalhei com o terço da preta velha ao lado para segurar a situação, mas a toda hora me vinha a imagem da foto.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">A noite que se seguiu foi de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">insônia</span>, investida de uma paranóia da piores. As coisas mais terríveis me passaram pela cabeça em relação ao trabalho e justamente sobre o ponto mais instável dele. <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">Levantei</span> num pulo e decidi que o melhor remédio para me livrar da paranóia era o trabalho. Trabalhei como uma louca até que as 11 da manhã consegui, por meio de um telefonema a um colega de trabalho, perceber que grande parte daqueles pensamentos que me perseguiam eram infundados.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">No dia seguinte, que já era aquele dia mesmo, posto que não dormi a noite, saí com alguns amigos e estava fraca, abatida por uma angústia estranha. Mais uma noite sem dormir. </span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Mas no dia seguinte, eu já estava melhor. Pois ter saído com amigos me fez esquecer um pouco a imagem da foto. <span style="color: rgb(204, 51, 204);">Porém na quinta-feira tive novamente fraqueza e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">insônia</span>. Mas desta vez uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">insônia</span> estranha.... Cheia de imagens obscuras.... um homem podre corcunda caminhando no escuro sob a luz da lua, um caminho vazio e frio, gelado e <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_4">úmido</span>....</span></span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 51, 204);font-family:verdana;" >Logo em seguida, vejo a minha criança. Ela chegou e sentou, pediu as fitas amarela e branca que usa nos cabelos e ao arrumá-los começou a falar: "ele está querendo encostar, não pode não!" Logo em seguida veio a imagem dela me dando passes com duas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">margaridas</span> brancas.... e durante o passe, veio o nome deste cara corcunda, que era o mesmo da foto. Veio o nome a data de falecimento e causa morte. Vi imagens da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">atividade</span> que este homem exercia e a forma como morreu. Um tiro na cabeça enquanto trabalhava numa madrugada.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 51, 204);font-family:verdana;" >Ele nunca soube quem era o seu assassino e cheio de raiva começou a perambular buscando vingança... Nessa encostava em qualquer um que julgava ser seu carrasco, e ia trocando e esquecendo e trocando e esquecendo, até que ele era já todo raiva e desejo de vingança sem nem mais saber porque (a imagem deformada que vi).</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 153, 0);font-family:verdana;" >Me levantei e anotei os dados para levar ao centro na sexta que teria gira de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">EXU</span>. E a criança continuou com os passes de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">margaridas</span> até que as 11 da manhã peguei no sono....</span><br /></div>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-19653451580481649892008-11-08T12:11:00.001-08:002008-11-08T19:10:15.748-08:00Mediunidade de Transporte - Parte 1<div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(0, 153, 0);font-family:verdana;" >Devo começar este <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">post</span> esclarecendo que nunca dei muito crédito a romances espíritas. Mas o que descrevo aqui é uma experiência a qual passei e que me mostrou que o que consta nos romances está muito além de uma boa imaginação daquele que escreve.</span><span style="color: rgb(0, 153, 0); font-weight: bold;font-family:verdana;" > Esta semana meus pré-conceitos foram postos em cheque de uma maneira como nunca aconteceu e descobri que realmente <span style="font-style: italic;">há muito mais coisas entre o céu e a terra que possa supor nosso <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">ceticismo</span> vão </span>- parafraseando Einstein.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Às segundas-feiras, no centro em que eu inicio essa jornada <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">mediúnica</span>, temos uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">seção</span> de <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_4">mesa</span> de irradiação que precede ao atendimento de consulta com pretos velhos. Neste início de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">novembro</span>, ao chegar no centro para esta <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">seção</span> recebi a mensagem de meu Preto Velho avisando que eu seria chamada para meu primeiro trabalho. Lógico que não acreditei e não dei bola, pois é de praxe na casa que novos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">médiuns</span> não trabalhem, apenas desenvolvam e contribuam com a corrente doando energia.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Entrei no centro, fiz minhas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">firmezas</span>, troquei minha roupa e subi para a abertura dos trabalhos. Todos a postos e feitas as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">firmezas</span> de abertura da gira, sentamos a mesa para começar os trabalhos. Neste trabalho não há incorporação, mas apenas irradiação e orações e prol de encarnados que necessitem de ajuda e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">desencarnados</span> que precisem ser orientados.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 51, 204);font-family:verdana;" >Mal sentei a mesa e feitas as orações iniciais, senti uma fraqueza estranha e coisa de segundos eu estava em um local onde pessoas de branco caminhavam de um lado a outro. Lembro-me bem de um homem muito gordo, negro do tipo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">bonachão</span> que estava sentado em um banco. Foi quando me mostraram a foto. Foto de documento, antiga, um <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_12">homem</span> de uns 40 anos de cabelo com gel e um bigode fino, rosto triangular.... Foi quando eu caí de volta para a mesa e me d</span><a style="font-family: verdana; color: rgb(204, 51, 204);" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i9.photobucket.com/albums/a93/sivananda01/Obe/49c2b7cc.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 284px; height: 295px;" src="http://i9.photobucket.com/albums/a93/sivananda01/Obe/49c2b7cc.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="color: rgb(204, 51, 204);font-family:verdana;" ><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">ei</span> conta que toda a primeira parte da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">seção</span> de mesa já havia se passado. Abriram a segunda parte, onde as orações são <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">direcionadas</span> a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">desencarnados</span> e eu fiquei sem entender direito o que tinha acontecido.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Passada a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">seção</span>, chega a hora das consultas, para quem trabalha atendendo, e de desenvolvimento para nós novatos. Heis que logo de início comento com um amigo meu o ocorrido e ele comenta que já viu o mesmo homem gordo que eu vi. Supus se tratar de algum espírito que trabalha na casa. E para mim essas coisas pareciam ainda loucas demais para serem entendidas, eu e meu <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">ceticismo</span>. Ao ver a conversa, meu padrinho - um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">caboclo</span> muito bom diga-se de passagem - veio me chamar a atenção e solicitou que eu colocasse meu preto velho em terra. Atendi prontamente.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Ao chegar em terra, pensei que ele me esclareceria o acontecido e de fato esclareceu. O que aconteceu na mesa foi que me chamaram para um trabalho. <span style="color: rgb(204, 51, 204);">O homem da foto era um espírito <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">desencarnado</span> em situação complicada que precisava de oração <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">direcionada</span> e que não tinha o seu nome na mesa. Pelo fato de meus guias fazerem este tipo de trabalho, eu fui usada para receber este comunicado e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">direcionar</span> as minhas orações a este espírito como meio de auxiliar os meus guias e guias da casa.</span></span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">O Preto Velho, portanto pegou a cruz de sua guia e firmou comigo orações <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">direcionadas</span> a este homem pela imagem da foto que havia ficado em minha cabeça.</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 153, 0); font-weight: bold;font-family:verdana;" >Dei o caso como encerrado e nada comentei.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Após os trabalhos percebi minha criança muito próxima, mas não pude dar passagem, pois dias de segunda feira crianças não podem trabalhar. Ainda mais as crianças de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">médiuns</span> novos. Ser <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">médiun</span> novo no terreiro é ter milhões de olhos de vigia.... <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">rsrsrs</span></span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Terminada a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">seção</span>, fui para casa normalmente, sem dar muita atenção ao que havia ocorrido naquela segunda.</span><br /></div>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-31452187773424768602008-10-18T21:29:00.000-07:002008-10-18T22:22:16.315-07:00Se não fosse as Santas Almas eu não sei o que seria....<a style="font-family: arial;" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.vialumina.com.br/config/imagens_conteudo/produtos/imagensGRD/GRD_365_2374%20Santo%20Ant%C3%B4nio.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px;" src="http://www.vialumina.com.br/config/imagens_conteudo/produtos/imagensGRD/GRD_365_2374%20Santo%20Ant%C3%B4nio.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><br /><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:arial;" >Eu fui abençoada com dois guias espirituais maravilhosos! Um casalzinho fofo de pretos-velhos que são a base de tudo o que conheço de umbanda hoje.</span><br /><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:arial;" ><span style="font-weight: bold;">O velho da linha das almas</span> tem lá seu jeito ríspido, e sabe enfatizar o que eu preciso saber como ninguém. As vezes me gera até certo medo. Mas é com ele que eu aprendo as coisas mais "secretas" de mim mesma. Algumas boas de saber, outras nem tanto... (rs, nem tudo é do jeito que nós queremos).</span><a style="color: rgb(0, 0, 0);" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-yJnaZ0kX1x2Xr1pQCHM5rabufzL_eFz2VxpziBz_mPMfRXoxkrZh66s1lhJOjKPXFGbB-MlsF97VH3i7pBnbqMhmZ7YI_K5CcrF_HErckK35KIzEuAaEUj89ClW2ysKcw4dByKVb3cBY/s1600-h/Imagem+168.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 190px; height: 253px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-yJnaZ0kX1x2Xr1pQCHM5rabufzL_eFz2VxpziBz_mPMfRXoxkrZh66s1lhJOjKPXFGbB-MlsF97VH3i7pBnbqMhmZ7YI_K5CcrF_HErckK35KIzEuAaEUj89ClW2ysKcw4dByKVb3cBY/s200/Imagem+168.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5258726451154513378" border="0" /></a><br /><br /><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255);font-family:arial;" ><span style="font-weight: bold;">A velha, a quem homenageio com o título deste blog</span>, foi a primeira das minhas entidades que veio e me ajudou a driblar toooodos os medos iniciais, e que era um grande impecílio ao desenvolvimento.</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255);font-family:arial;" >Minha Preta-Velha, do tercinho azul claro, das águas da cachoeira. Da calma sábia! O contrário de tudo o que acontece comigo....rsrsrs</span><br /><br /><br /><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:arial;" >Bom essa postagem foi só porque me bateu uma vontade enoooorme de falar um pouco deles....<br /><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"><br /><span style="font-size:130%;"><br /></span></span></span><div style="text-align: center;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:arial;font-size:130%;" ><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"><br /><br />Vai Uma Homenagem:</span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:arial;font-size:100%;" ><br />Preto velho senta no toco<br /></span><div style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" > Faz o sinal da cruz</span></div><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:arial;font-size:100%;" > Pede proteção a Zambi</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:arial;font-size:100%;" > Para os filhos de Jesus</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:arial;font-size:100%;" > Cada conta do seu rosário</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:arial;font-size:100%;" > É um filho que ai está</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:arial;font-size:100%;" > <span style="font-weight: bold;"> Se não fosse o Preto Velho</span></span><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 0);font-family:arial;font-size:100%;" > Eu não sabia caminhar</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:arial;" ><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> <span style="font-size:130%;">Adorei as Almas!!!</span></span></span><br /></div><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:arial;" ><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"><br /></span></span>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-26069580230689591382008-10-18T20:32:00.001-07:002008-10-18T21:28:21.779-07:00Especulações sobre "Xangô do Oriente"<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://kasange.vilabol.uol.com.br/ayra.gif"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px;" src="http://kasange.vilabol.uol.com.br/ayra.gif" alt="" border="0" /></a><br /><span style="font-size:100%;"><span style="color: rgb(102, 51, 0);font-family:verdana;" >Já tinha um certo tempo que eu vinha encafifada com a história de "<span style="font-weight: bold;">Xangô do Oriente</span>".</span><br /><br /><span style="color: rgb(102, 51, 0);font-family:verdana;" >Tentando entender os porquês de tal terminologia procurei pesquisar, investigar, a tal "Linha do Oriente". Deixo claro, desde já que não me refiro aos Ciganos e nem tampouco aos hindús, mas sim às entidades tradicionais na umbanda (caboclos e pretos-velhos) que acabam usando um "do oriente" no final de seus nomes. O uso do "do Oriente" me intriga ainda mais quando se relacionam aos Orixás. Este é o objetivo maior da minha busca, entender o porque disso.</span><br /><br /><span style="color: rgb(102, 51, 0);font-family:verdana;" >A primeira parte da busca partiu de uma constatação: geralmente estes guias aparecem em médius cujas coroas tem relação direta ou indireta com o Orixá Oxalá. Essa constatação ficou ainda mais patente quando descobri que um certo caboclo conhecido meu, e que eu sabia apenas que era de Yemanjá com Oxalá, me revelou ser um "caboclo do oriente".</span><br /><br /><span style="color: rgb(102, 51, 0);font-family:verdana;" >A partir daí comecei a investigar qual relação Oxalá Mantém com o "oriente" a fim de saber se minha "hipótese empírica" tinha razão de ser.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="color: rgb(102, 51, 0);">Encontrei por acaso um artigo do Verger</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 0, 0);"> </span></span></span><a style="font-weight: bold; color: rgb(255, 0, 0);" href="http://geocities.yahoo.com.br/omonile/etnografia.doc"><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 204, 0);font-family:verdana;font-size:100%;" >Etnografia religiosa Iorubá e probidade científica</span></a><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;"> <span style="color: rgb(102, 51, 0);">que me deu uma LUZ sobre o assunto. O artigo é técnico e chatéééésimo, mas esclarece muito sobre: 1) diferenças entre mito da criação em diferentes tribos africanas; 2) imprecisões e confusões porparte de teóricos anteriores a Verger; 3) Até que ponto diferentes Orixás de diferentes tribos africanas podem ser relacionados (e essa é a parte mais interessante!)</span></span><br /><br /><span style="color: rgb(102, 51, 0);font-family:verdana;" >Uma passagem do artigo, em especial, acabou lançando uma luz sobre a minha busca. <span style="font-weight: bold;">Cito:</span></span><br /><br /></span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:courier new;font-size:85%;" >O casal divino dos Fon, do qual um único membro é citado por Bertho, deveria ser Lissa-Mawy, adaptação Fon do casal Orixalá-Yemowo, de Ife. Sabe-se, com efeito, que esse culto (Lissa-Mawy) foi levado da região de Tchetti, habitada pelas Ana ou Ifé, por Na Wangele, a mãe do Rei Tegbessu, e instalado no Bairro Djenna, em Abemé, nos princípior do séc. XVII. Sabemos que entre os Fon (Herskovitz, 1938, v.II:101) </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 0);font-family:courier new;font-size:85%;" >Lissa é o elemento masculino, que simboliza o oriente, o dia, o sol e que Mawu é o elemento feminino, que simboliza o ocidente, a noite, a lua. Trata-se de um sistema dualista, mas correspondente, como vimos, ao casal Orixalá-Yemowo </span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:courier new;font-size:85%;" >(...)</span><br /><br /></span><span style="color: rgb(102, 51, 0);font-family:verdana;font-size:100%;" >Interessante notar que L</span><span style="color: rgb(102, 51, 0);font-family:verdana;font-size:100%;" >issa cor<span style="font-style: italic;">r</span>es</span><span style=";font-family:verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(102, 51, 0);">ponde a Orixalá (Oxalá na nossa umbanda) e Mawy corresponde a Yemowo (Iemanjá na nossa umbanda). Perceba também a relação dos elementos "Oriente", Dia (hora de Oxalá) e sol (símbolo de Oxalá).</span><br /><br /><span style="color: rgb(102, 51, 0);">Bom esse era o "respaldo teórico" que faltava para que eu pudesse tornar minha hipótese verdadeira. Oxalá tem mesmo relação estreita com o Oriente, que, afinal, é onde o sol nasce. E o sol é seu símbolo.</span><br /><br /><span style="color: rgb(102, 51, 0);">A partir disso pensei: Caboclos do oriente, tem relações estritas com Oxalá (como o caboclo que conheço), então um "<span style="font-weight: bold;">Xangô do Oriente</span>"<span style="font-weight: bold;"> deve ser um Xangô que tem relação estreita com Oxalá.</span> E foi assim que encontrei <span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 0, 0);">Airá</span>. Airá não é cultuado na umbanda, apenas em alguns candomblés, ou como um orixá em especial, ou como uma qualidade de Xangô cruzada com Oxalá.<br /></span></span><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(102, 51, 0);">____________________________________________</span></span><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(102, 51, 0);"></span></span></div><span style=";font-family:verdana;font-size:100%;" ><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 0, 0);">Um pouco sobre Airá por <a href="http://www.fflch.usp.br/sociologia/prandi/xangorei.htm"><span style="color: rgb(51, 204, 0);">Reginaldo Prandi e Arnaldo Vallado</span></a>:</span><br /></span><p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">Airá</span><o:p></o:p></span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;">Em alguns terreiros de candomblé cultua-se um grupo de qualidades de Xangô que recebe o nome de Airá. Também se acredita que Airá seja um orixá diferente de Xangô e que participa de alguns de seus mitos. O mais comum é considerar-se Airá como um Xangô branco. Vejamos algumas das subdivisões de Airá.</span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">Airá </span><span style="font-weight: bold;" class="SpellE">Intilé</span><o:p></o:p></span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;">É o filho rebelde de Obatalá. Airá </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Intilé</span><span style="font-size:85%;"> foi um filho muito difícil, causando dissabores a Obatalá. Um dia, Obatalá juntou-se a Odudua e ambos decidiram pregar uma reprimenda em </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Intilé</span><span style="font-size:85%;">. Estava </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Intilé</span><span style="font-size:85%;"> na casa de uma de suas amantes, quando os dois velhos passaram à porta e levaram seu cavalo branco. Airá </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Intilé</span><span style="font-size:85%;"> percebeu o roubo e sabedor que dois velhos o haviam levado seu cavalo predileto, saiu no encalço. Na perseguição encontrou Obatalá e tentou enfrentá-lo. O velho não se fez de rogado, gritou com </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Intilé</span><span style="font-size:85%;">, exigindo que se prostrasse diante dele e pedisse sua benção. Pela primeira vez Airá </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Intilé</span><span style="font-size:85%;"> havia se submetido a alguém. Airá tinha sempre ao pescoço colares de contas vermelhas. Foi então que Obatalá desfez os colares de Airá </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Intilé</span><span style="font-size:85%;"> e alternou as contas encarnadas com as contas brancas de seus próprios colares. Obatalá entregou a </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Intilé</span><span style="font-size:85%;"> seu novo colar, vermelho e branco. Daquele dia em diante, toda terra saberia que ele era seu filho. E para terminar o mito, Obatalá fez com que Airá </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Intilé</span><span style="font-size:85%;"> o levasse de volta a seu palácio pelo rio, carregando-o em suas costas. Nesta qualidade, Airá </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Intilé</span><span style="font-size:85%;"> dá a seu devoto um ar altivo e de sabedoria, prepotente, equilibrado, intelectual, severo, moralista, decidido. </span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">Airá </span><span style="font-weight: bold;" class="SpellE">Ibonã</span> <o:p></o:p></span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;"> </span><span style="font-size:85%;">É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Ibonã</span><span style="font-size:85%;"> dança acompanhado de Iansã, pisando as brasas incandescentes. Conta o mito que </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Ibonã</span><span style="font-size:85%;"> foi criado por </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Dadá</span><span style="font-size:85%;">, que o mimava em tudo o que podia. Não havia um só desejo de </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Ibonã</span><span style="font-size:85%;"> que </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Dadá</span><span style="font-size:85%;"> não realizasse. Um dia </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Dadá</span><span style="font-size:85%;"> surpreendeu </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Ibonã</span><span style="font-size:85%;"> brincando com as brasas do fogão, que não lhe causavam nenhum dano. Desde então, em todas as festas do povoado, lá estava Airá </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Ibonã</span><span style="font-size:85%;">, sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras.</span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;">Nessa qualidade, os seguidores de Airá têm espírito jovem, perigoso, violento, intolerante, mas são brincalhões, alegres, gostam de dançar e cantar.</span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">Airá </span><span style="font-weight: bold;" class="SpellE">Osi</span><o:p></o:p></span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;">É o eterno companheiro de Oxaguiã. Um dia, passando Oxaguiã pelas terras onde vivia Airá </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Osi</span><span style="font-size:85%;">, despertou no jovem grande entusiasmo por seu porte de guerreiro e vencedor de batalhas. Sem que Oxaguiã se desse conta, Airá trocou suas vestes vermelhas pelas brancas dos guerreiros de Oxaguiã, misturando-se aos soldados do rei de Ejibô. No caminho encontraram inimigos ao que </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Osi</span><span style="font-size:85%;">, medroso que era, escondeu-se atrás de uma grande pedra. Oxaguiã observava a disputa do alto de um monte, esperando o momento certo de entrar nela, mas, para sua surpresa, percebeu que um de seus soldados estava de cócoras, escondido atrás da pedra. Sorrateiramente Oxaguiã interpelou seu soldado e para sua surpresa deparou-se com Airá que chorava de medo, implorando seu perdão, por haver enganado o grande guerreiro branco. Oxaguiã, por sua bondade e sabedoria, compadeceu-se de Airá </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Osi</span><span style="font-size:85%;">. No entanto, como punição pela mentira de Airá, decidiu que naquele mesmo dia o jovem voltaria à sua terra natal vestindo-se de branco e nunca mais usaria o escarlate, devendo dedicar-se a arte da guerra para poder seguir com ele em suas eternas batalhas.</span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;">Os filhos de Airá </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Osi</span><span style="font-size:85%;"> são considerados jovens guerreiros, lutam pelo que querem, mas as vezes deixam-se enganar pela impetuosidade. São calmos, não tidos a trabalhos intelectuais, são amorosos, alegres e sentimentais.</span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;">São muitas as invocações ou qualidades de Xangô, que, como vimos, se juntam às outras tantas de Airá. Em diferentes países e regiões da diáspora africana em que a religião dos orixás sobreviveu e prosperou, há diferentes variantes das qualidades dos orixás, pois cada grupo, geograficamente isolado, ao longo do tempo, acabou por selecionar esta ou aquela passagem mítica do orixá. Muitas foram esquecidas, outras ganharam novos significados. Cada qualidade é representada por diferentes cores e outros atributos, de modo que, pelas vestes, contas e ferramentas, ritmos e danças, é possível identificar a qualidade que está sendo festejada, principalmente no barracão de festas dos terreiros. Não só por esses aspectos, mas também pelas oferendas votivas e pelos animais que são sacrificados em favor da divindade. </span></p> <p style="font-style: italic; font-weight: bold;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;">O culto se multiplica, o poder de Xangô se expande. Faces diferentes para outras faces. Diz um </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">oriki</span><span style="font-size:85%;">: </span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin-top: 0cm; line-height: normal; font-style: italic;font-family:verdana;"><span class="SpellE" style="font-size:85%;"><span style="" lang="ES-TRAD">Òlò</span></span><span lang="ES-TRAD" style="font-size:85%;"> <span class="SpellE">áwá</span> la <span class="SpellE">wulú</span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin-top: 0cm; line-height: normal; font-style: italic;font-family:verdana;"><span class="SpellE" style="font-size:85%;"><span style="" lang="ES-TRAD">Olodó</span></span><span lang="ES-TRAD" style="font-size:85%;"> <span class="SpellE">òlò</span> <span class="SpellE">odó</span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin-top: 0cm; line-height: normal; font-style: italic;font-family:verdana;"><span class="SpellE" style="font-size:85%;"><span style="" lang="ES-TRAD">Oyá</span></span><span lang="ES-TRAD" style="font-size:85%;"> <span class="SpellE">walé</span> ni <span class="SpellE">ilè</span> Irá<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin-top: 0cm; line-height: normal; font-style: italic;font-family:verdana;"><span class="SpellE" style="font-size:85%;"><u><span style="" lang="ES-TRAD">S</span></u><span style="" lang="ES-TRAD">angò</span></span><span lang="ES-TRAD" style="font-size:85%;"> <span class="SpellE">walé</span> ni <span class="SpellE">Kosó</span>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin-top: 0cm; line-height: normal; font-style: italic;font-family:verdana;"><span lang="ES-TRAD" style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin-top: 0cm; line-height: normal; font-style: italic;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Senhor do som do trovão</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin-top: 0cm; line-height: normal; font-style: italic;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Senhor do pilão</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin-top: 0cm; line-height: normal; font-style: italic;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Oiá desaparece na terra de Irá</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin-top: 0cm; line-height: normal; font-style: italic;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Xangô desaparece na terra de </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Cossô</span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="Pargrafo"><span style="font-size:85%;"> </span></p> <p style="font-style: italic;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;">Xangô de Oió, Xangô de </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Cossô</span><span style="font-size:85%;">. Da África e das América. Xangô é um e é muitos, mas, como indica o sentimento dos devotos, essa multiplicidade pode ser reunida numa só pessoa: Xangô. É o mesmo que dizer, nas palavras de pai </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Pércio</span><span style="font-size:85%;"> de Xangô, babalorixá do Ilê </span><span class="SpellE" style="font-size:85%;">Alaketu</span><span style="font-size:85%;"> Axé Airá: É tudo Xangô.</span></p><p style="font-style: italic; text-align: center;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(102, 51, 0); font-weight: bold;">______________________________________________________</span><br /></span></p><p style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:100%;"><span style="color: rgb(102, 51, 0);">E assim termina minha "aventura" em busca do <span style="font-weight: bold;">"Xangô do Oriente"</span>. Este "tal" que tantos umbandistas estranham, <span style="font-weight: bold;">não é nada mais, nada menos que Airá</span> que deu um "jeitinho" de entrar na Banda....</span></span></p><p style="color: rgb(255, 0, 0); font-weight: bold;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:100%;"><span style="color: rgb(102, 51, 0);">That's It!!!</span></span></p><p style="color: rgb(255, 0, 0); font-weight: bold;font-family:verdana;" class="MsoBodyTextIndent"><span style="font-size:100%;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);">=)</span><br /></span></p><p style="color: rgb(102, 51, 0);" face="verdana" class="MsoBodyTextIndent"><br /></p><p class="MsoBodyTextIndent" style="font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;"><br /></span></p><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="font-style: italic;"><br /></span>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-13142537669191291542008-06-02T07:16:00.000-07:002008-09-06T10:28:13.829-07:00Especulações Metafísicas sobre Nanã<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.estrelaguia-anjos.com/estrela_guia/orixas/imagens/nana1.bmp"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px;" src="http://www.estrelaguia-anjos.com/estrela_guia/orixas/imagens/nana1.bmp" alt="" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(153, 51, 153);">Nanã, Orixá da terra, da lama, das águas da chuva e das águas barrentas. Orixá velha relacionada a criação do homem. O homem feito das águas barrentas de Nanã, da lama. Terra para a qual o homem tende a retornar em sua morte (terra representada pelo filho de Nanã, Obaluaiê).</span> <span style="color: rgb(153, 51, 153);">Sua cor é a cor roxa. Cor também conhecida nas tradições como a cor relacionada a transmutação. Transmutação dos estados mentais, transmutação do mental para o efetivo.</span> <span style="color: rgb(153, 51, 153);">Curiosamente é assim com Nanã..... que transmuta a lama para a forma humana, que gera um filho cuja representação está relacionada a transmutação do homem de volta a terra.</span> <span style="color: rgb(153, 51, 153);">Nanã é geração: é ela quem gera o homem e e ela quem gera também a terra para onde o homem retorna. "Tramutação" poderia ser também uma palavra para descrever Nanã.</span> <span style="color: rgb(153, 51, 153);">No sincretismo, Nanã é relacionada a N. Sra. Sant'Anna, cuja imagem abarca um manto roxo e uma mulher conduzindo uma menina (Maria, Mãe de Jesus) pelas mãos. Ela é também progênitora e velha, avó de Jesus. Em resumo, Sant'Anna é aquela que torna possível o nascimento de Jesus ao gerar Maria, é a grande Mãe, assim como Nanã.</span> <span style="color: rgb(153, 51, 153);">O ato de gerar também pode ser interpretado com um "transmutar". Gerar é trazer a existência algo que não existe. Biologicamente, gerar é transformar a matéria bruta orgânica (esperma e óvulo) em um ser humano particular, distinto dos que já existem. De forma geral, gerar pode ser interpretado como "produzir", "criar".</span>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-75451021821964280392008-05-30T09:50:00.000-07:002008-05-30T11:04:28.603-07:00Quadro """Especulações Metafísicas""" sobre a umbanda<span style="color: rgb(0, 0, 153);">Olá a todos!</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);">Primeiro devo explicar esses quase 2 meses de ausência: "trabalho, trabalho, trabalho!". Explicado!</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);">Em meio a isso, não deixei de pensar sobre alguns aspectos nas horas vagas.... aspectos bem interessantes os quais, de forma especulativa, pretendo abordar aqui.</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);">Gostaria de avisar aos navegantes que, apesar do apelo a "simplicidade" da religião, que é fato, nem sempre os que ela praticam possuem essa simplicidade. É o meu caso. Explicando melhor isso, eu poderia citar Sto. Agostinho ao falar do tempo. Ele diz mais ou menos isso: "Quando eu não penso no tempo, eu sei o que ele é. Mas se me perguntam o que é o tempo, eu não sei explicar."</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);">Algo parecido acontece com o praticante da umbanda: Ele sente as energias e as reconhece, mas se perguntam sobre elas, ele se embanana todo pra responder. E é nesse momento que entram as especulações, onde, cada um busca uma analogia no que lhe é mais fácil de entender racionalmente. O mais simples buscará respostas simples. Já outros buscarão em outros lugares explicações não tão simples, ou até mesmo, buscarão relações complexas, filosóficas, usando de analogia com teorias pouco convencionais.</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);">Bom, eu me situo no último caso! Pois sempre prezei uma boa formação intelectual e cultural. </span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);">Ainda anos antes da umbanda estudei, como forma de busca, algumas coiisas sobre cormoterapia, cristais, meditação oriental, principlamente hinduísmo, que sempre me chamou particular atenção. Também li, e ainda leio muito sobre filosofia, a qual dedico a maior parte do meu tempo. </span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);">Tempo suficiente para saber e <span style="color: rgb(255, 0, 0);">AVISAR</span> aos que, por acaso, venham ler minhas especulações, que <span style="color: rgb(255, 0, 0);">NADA DISSO implica uma verdade</span> de fatos. Mas só pontos interessantes para uma reflexão.</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);">A umbanda é, sempre foi e continuará sendo aquilo o que cada praticante particular sente em seu interior....</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);">Para encerrar, cito um NOBRE amigo, um caboclo:<span style="font-weight: bold;"> </span><span style="color: rgb(0, 153, 0); font-weight: bold;">Se você quer uma resposta para suas questões, estas estão dentro de você. Apenas você mesmo poderá achar a resposta que deseja! Nada do que digam a você será resposta. Se você quer respostas, pare de olhar para fora e busque dentro de você, porque é ali que elas estão!</span></span>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-87899074093415342272008-03-25T22:03:00.000-07:002008-03-25T23:04:24.150-07:00OGUM<div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >Durante anos acreditei que era filha de Ogum. Tenho um carinho e uma afinidade muito grande com esse Orixá!!!</span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >Minha história com ele data a minha "descoberta" prática da mediunidade voltada pra umbanda e para os trabalhos de terreiro. Especifico dessa forma, por ter sido um caboclo de Ogum o primeiro a se aproximar de mim. Pois bem, foi numa festa para Ogum, mais ou menos a 11 anos atrás, que quase tive a primeira incorporação. </span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" ><br /><br />Eu fugia de terreiro de umbanda, mas tinha uma preta velha na ocasião com quem vez ou outra eu conversava "Vovó Catarina de Angola". Sim, apesar de toda a minha resistência a umbanda, era no colo de uma preta velha que eu encontrava conforto, pois era o único lugar onde eu encontrava compreensão nas coisas que eu via e ninguém mais entendia!!!</span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >Minha mãe frequentava um terreiro de umbanda desde que eu tinha 4 anos </span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >de idade. Cresci com ela indo lá, e assim que as "coisas estranhas" começaram a acontecer comigo - alguns meses depois da primeira mestruação no dia seguinte de um eclipse completo da lua - ela me levou, arrastada pelo braço, para dialogar com essa Preta Velha. O intuito dela era mais de "resolver um problema" que de buscar uma orientação. De minha parte, fui cedendo a pressão. Mas foi bom!!! Porque ela não achava nada estranho nas coisas que eu via, notava, pensava....<br /><br />Ao contrário, ela me fazia notar que eu tinha conhecimentos que não pertenciam a esse plano.</span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >Estranho falar nisso, mas não esqueço do dia em que aos 14 anos saí do centro me sentindo uma idosa. Naquele dia ela me falou que um dia eu estaria no mesmo lugar que a médiun dela. Sentada de branco dando passagem pra entidade trabalhar!!! E que isso era algo que já estava destinado a acontecer muito, mais muito antes de eu nascer, porque era coisa que eu trazia de muito tempo, de um tempo incontável nesse plano!!! </span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >Mas aos 14 anos eu já era destinada ao ceticismo, e não levei fé!!! Mesmo sabendo que eu tinha um amigo, que vez ou outra me aparecia e que no dia da festa de Ogum quase incorporou.<br /><br />Eu morria de medo de incorporaç</span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >ão. Me causava verdadeiro horror pensar que algum outro espírito tomaria o controle do meu corpo.... Na ocasião da festa, comecei a ficar trêmula, suava, os brincos e colares começaram a queimar no meu corpo, fazendo com que eu tirasse tudo! Mas eu não tinha idéia do que estava acontecendo! A Preta Vellha saudou o guia que me acompanhava, o mais estranho é que eu sabia disso. Nessa ocasião eu já estava com 19 anos. Comecei um desenvolvimento onde só ele aparecia e irradiava em mim.... Aos 20 anos abandonei a idéia de desenvolver... Mas em nenhum momento esse caboclo se afastou de mim... eu o chamo de "meu amiguinho".</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >Agora, novamente, anos depois, foi por causa dele que retomei o desenvolvimento. Passei anos falando que incorporar era algo fora de cogitação, que se eles quisessem falar comigo que arrumassem outro jeito. Pois bem, eles arrumaram.... depois do exu da cachoeira, veio ele usar a intuição. Me fez um pedido, que repetia sem cessar na cabeça... foi esse pedido que me levou a casa onde estou.</span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >Chegando a casa, procurei a ajuda de um outro caboclo de Ogum. Minha escolha por aquele guia e não outro estava em uma única razão: Era no ponto daquele Ogum onde eu percebia a vibração do meu guia com mais força!!! E foi assim que começou essa amizade com meu professor a quem tenho imenso respeito e carinho!!!<br /><br /></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >Para meu pesar, descobri que não sou filha de Ogum algumas semanas depois de ingressar no desenvolvimento. Mas sou afilhada dele!!! Me le</span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >mbro que um dos momentos mais felizes do início dessa minha nova etapa do desenvolvimento, foi quando numa gira em que eu estava morrendo de medo, percebi a vibração do meu caboclo de Ogum pela primeira vez na nova casa. Foi um momento bonito, muito bonito!!! Tão bonito que até mesmo o caboclo da casa, que me ajudava naquele momento, sorriu pela beleza daquele encontro!!! Porque foi como se por uma pequena fração de segundos eu fizesse uma longa viagem de reencontro a um amigo muito, mas muito antigo. Foi como se eu percebesse um outro tempo que era muito superior aquele breve instante!!!</span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >Meu amiguinho sempre se mostrava perto nos momentos em que eu sentia medo, isso me tornava mais segura, e não foi diferente naquele mom</span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.tefl.com.br/UserFiles/Image/ogumtenda1.JPG"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 258px; height: 320px;" src="http://www.tefl.com.br/UserFiles/Image/ogumtenda1.JPG" alt="" border="0" /></a><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >ento. Mas aquela experiência, de revisitar um tempo que não pertencia aquele breve instante, foi uma experiência ímpar em minha vida!!! Experiência que ainda não tive com nenhum outro guia, mesmo agora que a incorporação já n</span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >ão é um mistério e que tantos novos amigos apareceram.</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >Mesmo não sendo filha de Ogum, é dentro desta energia que eu me sinto em casa!!! É a energia de</span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >ste Orixá que marca grandes encontros meu com a espiritualidade. Momentos delicados e profundos que são impossíveis de caber em qualquer palavra!!! É a vibraç</span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >ão de grandes amigos meus....</span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" ><br /><br />É bom poder reviver esses momentos, mesmo </span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >que no instante em que nenhuma palavra é suficiente pra descrevê-los!!!</span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" ><br /><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:verdana;" >Salve meu padrinho Ogum! Ogunhê! </span><br /></div></div>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-60776337468093486462008-03-25T21:04:00.000-07:002008-03-25T22:02:13.932-07:00Desafios....<span style="font-weight: bold; color: rgb(204, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:georgia;">Mediunidade é coisa séria. Não se pode brincar, nem tampouco tratar de forma leviana o contato que podemos ter com o outro lado. Sempre que tratamos deste tema, algo muito sério é posto em questão: A nossa cabeça, mente, sanidade mental. Há o lado mágico de ter acesso a algo profundamente misterioso a nós, a coisas belas e sentimentos nobres e puros... mas sem equilíbrio a mediunidade pode gerar um caos...</span></span><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:georgia;"><br /><br /><span style="color: rgb(102, 0, 0);">Por essa razão, assim que as coisas começaram a tomar "forma" cuidei de procurar uma orientação adequada. Caminhei numa busca às cegas, tendo somente minha intuição como guia. Dei sorte, pois na primeira casa que entrei tive uma sensação muito boa! Algo familiar que me lembrava algo longínquo e que me fazia perder noção de tempo e do que eu estava buscando ali. Certa vez, ainda na assistência, demorei a notar que me chamavam e que já tinha chegado a minha vez na consulta!<br /><br />Devo dizer que encontrei lá um grande amigo, a quem tenho como orientador e professor.<br /><br />Mas o interessante da história, é que quando comecei o período prévio a entrada efetiva no corpo mediunico da casa, um Preto velho me perguntou o que eu esperava da umbanda. Eu ainda estava tonta com tantas novidades belas, e tantas descobertas impressionantes, não soube responder... e acho que ainda não sei exatamente, mas hoje eu diria àquele preto velho que meu principal objetivo é me entender!!!<br /><br />Mais interessante nessa jornada, é que a cada dia que passa eu entendo algumas coisas e desentendo tantas outras.... equilíbrio é coisa difícil de adiquirir. No meu caso em especial, tudo acontece em minha mente. Na maior parte das vezes recebo intuições, vozes que falam em minha mente independente de minha vontade. Algumas vezes elas repetem sem cessar até que eu me dê conta do que se passa. Dessas vozes, algumas eu já conheço a origem. Mas ainda desconfio...<br /><br />Muitas vezes a sensação de estar ficando louca, e o medo são perturbadores.<br /><br />O segredo dessa sensação, origem e causa única dessa sensação de medo e loucura está na palavrinha que meu professor sempre repete: <span style="font-weight: bold; color: rgb(204, 0, 0);">confiança</span>! Creio que só no momento em que eu me desarmar, e confiar na veracidade das informações que chegam a mim, é que esse equilíbrio será completo!!! Mas como é difícil confiar no que não vemos! Como é complicado distinguir o que vem e o que não vem de nós mesmos!!!<br /><br />Certa vez um caboclo, muito bom, por sinal, me falou que meu caminho seria ao contrário! Fiquei chocada, perplexa me questionando porque quase tudo na minha vida parece ser ao contrário! A resposta veio da seguinte forma, a mando de uma preta velha: "porque ninguém caminha com a perna do outro." Bom, meu caminho é esse. O equilíbrio esperado depende menos do tratamento dos canais mediúnicos, ou mesmo da afinidade com alguns guias, mas depende única e exclusivamente de mim!!! Tenho que ter auto-controle na minha desconfiança, não deixar que isso me atrapalhe. Tenho que acreditar, ter fé, essa palavrinha que parece tão simples, mas que pra mim é um mistério insondável!!!<br /><br />Principalmente, tenho que me convencer de que a razão não dá resposta para tudo. Tenho que me convencer de algo que meu coração já sente, mas que minha mente censura: de que há coisas que nenhuma racionalidade alcança e explica, mas que só podem ser sentidas mesmo!!! Eu vivo um duelo diário.... entre o que eu sinto e o que eu penso. entre o que eu percebo e o que eu acho que devo acreditar....<br /><br />Não sei o que falta, mas pelo menos hoje consigo sentar e fazer essa avaliação. Já é um grande passo!!!<br /><br /><br /><br /><br /></span></span></span>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-59795132113813548462008-03-15T17:12:00.000-07:002008-03-15T17:26:05.510-07:00A Preta Velha.....<div style="text-align: justify;"><span style="font-family:Georgia;"><o:p></o:p></span><span style="color: rgb(153, 51, 153);font-family:verdana;" >Vovó veio trabalhar comigo com uma missão. E desde que ela chegou minha relação com a mediunidade se tornou mais fácil.... Ainda tem coisas que me confundem, mas estou aprendendo, com a ajuda dela, a lidar com essas coisas....<o:p></o:p></span> </div><p face="verdana" style="color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p><span style="font-family: verdana;">A característica mais marcante da minha mediunidade é a intuição. Tão forte que posso travar verdadeiros diálogos mentais com esses guias. No início, quem falava comigo era um preto velho. Esse preto velho não pode incorporar agora por ser um espírito muito antigo, que me acompanha faz muito tempo, e é de difícil incorporação. </span><o:p style="font-family: verdana;"></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p face="verdana" style="color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p style="font-family: verdana;"> </o:p><span style="font-family: verdana;">Por isso a Preta Velha foi encarregada de cuidar de mim nesse início de desenvolvimento, coisa que, diga-se de passagem, faz muito bem. Ela consegue driblar meus medos com leveza, e sacia a minha curiosidade me passando explicações preciosas sobre as coisas!</span><o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal">A primeira vez que a percebi, foi dessa forma: intuição.... Estava eu, na gira quando percebi uma energia muito boa por perto que nunca havia notado. E em seguida percebi um riso, mas de alegria por eu haver notado aquela presença! E logo veio: “ agora falta você saber se sou menino ou menina!”. Isso foi o que percebi logo na primeira vez que consegui dar passagem a essa energia. Era um Preta Velha, muito boa, e que rapidamente conquistou a minha confiança!!!<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p>Como sempre fui freqüentadora assídua de cachoeiras, não foi difícil saber que se tratava de uma Guia na vibração de Oxum. Quando ela ia embora era como se eu tivesse tomado um IMENSO banho de cachoeira..... e foi assim que descobri que a energia dos orixás é a mesma presente nos locais que os representam.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal">Em resumo, a energia que emana de um orixá é a MESMA que emana do local, e é por isso que aquele local e não outro o representa. <o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p></o:p>Esse também se tornou uma dos pontos que me fez amar aquela presença.... ter a sensação de cachoeira sem pisar em uma..... Ela me acalma de tal forma que parece que estou fora de rotação. Tudo de repente é mais belo e mais leve quando e depois que estou com ela. Meu “personal lexotan”!<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p></o:p>Mas não foi só isso que aconteceu quando a vovó chegou, e nem se resume na questão das energias, o aprendizado que tive com ela.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal">Todas as vezes que ela vinha, ela sentava pacientemente num banquinho e me dava passes..... Muitos passes em pontos específicos e dizia que “tem que abrir esse canal aqui” e passando a outro local “esse aqui também”.<span style=""> </span>Percebi que os “canais” eram os mesmos pontos indicados como Chakras, mas me foram apresentados de forma muito mais simples que nas milhões de apostilas que baixei sobre o tema.<span style=""> </span>Sem contar, que a prática do desenvolvimento que a vovó começou, me fez entender de forma, igualmente, prática a funcionalidade de cada um dos pontos. Mas sempre, sempre, as explicações vinham de forma simples.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(153, 51, 153);font-family:verdana;" >Outra coisa importante também: não demorou que ela me pedisse um rosário, que consegui com muito carinho! E me ensinou a rezar. Eu que nunca cultivei o hábito da</span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://aramon.com.br/slide/28541.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px;" src="http://aramon.com.br/slide/28541.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="color: rgb(153, 51, 153);font-family:verdana;" > oração, sou constantemente “posta de castigo” no banquinho a rezar com ela. Mas mesmo a atividade da oração, que na época da escola de freiras me parecia a mais tortuosa das atividades, ela conseguia tornar leve, cantando vez ou outra um ponto que eu escolhia! <o:p></o:p></span> </div><p style="font-family: verdana; color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal">Eu que nunca fui religiosa, rapidamente me apeguei aquele rosário que é hoje o ponto de firmeza e comunicação com essa Velha. É ao rosário a quem recorro quando estou confusa, ou quando as coisas não parecem bem. Vindo de uma ex-cética, essa mudança de conduta é muito radical!<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal">Mas é como costumo dizer: das primeiras coisas que percebi ao ingressar nessa “aventura”, foi uma completa mudança da forma de vida e na forma de ver o mundo.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal">Saber que posso encontrar oxum na cachoeira, no sentido literal. Saber que a energia que sinto no terreiro posso buscar fora dele! Aprender a rezar! Aprender a olhar os rosários com amor, como um ponto fundamental nessa relação de amizade nova que se estabelece....<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; color: rgb(153, 51, 153); text-align: justify;" class="MsoNormal">Essa amizade é que me faz agradecer todos os dias a esse encontro que tive com a religião, pois ganhei um presente. Um presente belo e valioso e, com certeza, muito mais duradouro que essa vida curta que temos aqui. Pensar nisso me faz mais feliz!<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;"><o:p style="font-family: verdana; color: rgb(153, 51, 153);"></o:p> <span style="color: rgb(153, 51, 153);font-family:verdana;" >Salve essa Velha gentil e zelosa! Doce como as águas da cachoeira....</span><o:p></o:p></span></p>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-41337707557963289822008-03-06T20:10:00.000-08:002008-03-06T21:04:23.296-08:00Descoberta.....<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.saochico.com.br/cachoeiras.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 320px;" src="http://www.saochico.com.br/cachoeiras.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><br /><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(0, 153, 0);"><span style="font-family:Georgia;"><o:p></o:p></span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:verdana;" >Um dia, enquanto buscava a cachoeira na mata, percebi uma voz. Mas uma voz que só eu podia ouvir. Uma voz que não era minha, mas falava como pensamentos. Reclamava por respeito a mata, por respeito a sua presença. Muita gente passava ali e nem se dava conta de que ele estava ali....<o:p></o:p></span> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(0, 153, 0);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal">“Ele”? Descobri depois se tratar de um guardião. Um guardião que se tornou um amigo e que me guiava e me auxiliava avisando se a caminhada era aconselhável ou não.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal">Aqui no Rio de Janeiro, algumas áreas de matas ficam próximas a favelas e são frequentemente usadas como rota de fuga de traficantes. O caminho para a cachoeira não era diferente. Poucas pessoas iam lá em busca de diversão como eu fazia. E dessas poucas pessoas, pouquíssimas iam bem intencionadas como eu. Minha busca pela cachoeira era busca da tranqüilidade. Não era preciso me banhar lá para que tudo se tornasse mais calmo e claro em minha mente.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal">Algumas poucas vezes eu me banhava em busca de uma proximidade maior com a energia do lugar. Sempre vi as matas como um templo! Sempre notei como se mil olhos me vigiassem, mas não pensava que esses mil olhos fossem reais....<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal">Esse Exu foi o primeiro despertar que tive para esse contato. Não era uma entidade que trabalharia comigo, mas se tornou um amigo zeloso em minhas caminhadas. Depois dele outros habitantes daquela mata se mostraram, mas sem ter a mesma proximidade deste Exu.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal">Certo dia, ao chegar à cachoeira, pude ver uma bela mulher, com vestido lilás e azul bem escuro.... Cabelos negros cacheados, morena.... Uma bela imagem!!! Entendi naquele momento que a cachoeira tinha dona, e que eu deveria pedir licença para usufruir o que ela podia me trazer de melhor! Semanas depois, um pouco atordoada com questões de trabalho, fugi uma manhã até lá. Pedi muito para que aquelas águas me limpassem e me energizassem, me restaurasse para que eu retornasse a minha casa mais bem disposta ao trabalho! Quando cheguei na queda d’água um belo arco-íris me recebeu! Entendi que meu pedido estava sendo atendido. Me banhei, agradeci e segui meu caminho bem mais leve!<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal">A primeira vez que retornei a cachoeira, já depois de ingressar no desenvolvimento madiúnico e sabendo que essas impressões aqui narradas não são tão triviais quanto parecem, fui recebida por uma bela borboleta que depois de dar 3 voltas ao meu redor quis pousar em mim.... sinal que eu era bem vinda naquele espaço.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal">Toda essa narrativa, parece de uma simplicidade imensa, não? Parece, muitas vezes que quando enveredamos pelas sendas do espiritualismo, temos que encontrar o fantástico, muitas vezes expressos por teorias sofisticadas e pouco compreensíveis. Muitas vezes não percebemos que este “fantástico” é diário, e acontece nos pequenos detalhes.... O mistério é diário para quem tiver olhos puros para enxergar!!! <o:p></o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;"><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:verdana;" >Por isso, sigo ao lado da velha de Oxum, que ajuda a clarear meu olhar sobre as coisas.....</span><o:p></o:p></span></p>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-48974586638141141552008-03-06T17:15:00.000-08:002008-03-06T17:26:03.424-08:00Começo<span style="font-family: georgia;"> </span> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: rgb(204, 102, 204);">Tudo possui um começo impreciso. É ilusão pensar que cronologicamente podemos alcançar o início das coisas. O que há na realidade é mutação, transfiguração das passagens temporais, épocas e culturas.</span> <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: rgb(102, 0, 204);">É entendendo a ordem das coisas no mundo como transfiguração das imagens impressas na matéria que entenderemos como o amor, surgido entre uma índia e um negro, fez o hábito do negro deitar-se em esteiras nas Senzalas para descansar seu corpo sofrido. E que foi ao deitar sementes à terra em plantação, que o homem fez nascer o louvor ao mistério das coisas.</span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: rgb(0, 153, 0);">Quando o índio pode ver a força do negro em resistir pacificamente às humilhações brancas, é que se transfigurou neles o verdadeiro sentido de luta. E foi na compreensão da diversidade e adversidade, que se constituiu o conceito de solidariedade.</span> <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia;"><o:p> </o:p></span></p> <p style="color: rgb(204, 102, 0);" class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia;">Mais ainda, quando o homem compreendeu o mau que pode fazer a si mesmo, independente de cor, cultura ou sexo, é que se instituiu o sentido da caridade!</span></p>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2185418890428150215.post-59932916041132661792008-03-05T20:06:00.001-08:002008-03-06T20:25:33.174-08:00Motivo<p><span style="font-family: "Trebuchet MS"; color: rgb(51, 51, 255);">Pensei muito antes de montar um Blog para narrar meus passos. O que me motivou foi a vontade de compartilhar todas as coisas maravilhosas que tenho aprendido nos últimos meses.<br /><br />Tal qual criança, tenho me redescoberto.... Como se em um passe de mágica toda uma realidade velada me tivesse sido mostrada.<br /><br />Sim, o intuito desse blog é, em certa medida, religioso. Trata-se de fazer o leitor caminhar junto comigo nos primeiros passos que dou no terreiro de umbanda. Antes que alguns torçam o nariz e recriminem, devo alertar que a umbanda é só uma parte, uma parcela do que há de invisível no mundo. Não é a umbanda quem faz o invisível, mas o invisível é quem a torna real, assim como torna reais tantas outras coisas que nos passam desapercebidas cotidianamente. A umbanda é, neste caso, uma questão de escolha. Escolha que reafirmo diariamente ao abrir os olhos, ao caminhar, ao entender que existe muito mais coisas além da religião...<br /><br />Existe um <b>mistério imenso</b> nas coisas, mistério que se faz na simplicidade dos acontecimentos e das receitas. Na simplicidade das palavras e dos gestos. Na simplicidade do ato de respirar o oxigênio a cada segundo, coisa que fazemos distraidamente, sem nem darmos conta que é isso que nos mantém vivos!<br /><br />Por isso convido o leitor a caminhar comigo. Assim como caminho junto a minha primeira professora: A velha amorosa de Oxum que inspirou o título esse blog. É ao lado dela que consigo resolver grande parte dos impasses que o caminho mediúnico traz. Perto dela sou um curumim ensaiando caboclo, que sentado nu, na terra batida pelos passos de tanta gente, escuta atento e com olhos curiosos às lendas e histórias de um tempo que se sabe o começo, nem o fim....</span></p> <span style="color: rgb(51, 51, 255);font-family:trebuchet ms;" ><br /><br /><br /></span>Aruane Estradahttp://www.blogger.com/profile/05470730808194622063noreply@blogger.com3